Ao lado de alguns técnicos, o presidente da Urbs, Roberto Gregório da Silva Júnior, afirmou que a possibilidade de a rede integrada ser rompida a partir de 7 de maio, com o fim do subsídio do governo estadual, existe. Com isso, usuários de 13 municípios vizinhos poderão pagar um valor acima do aplicado em Curitiba. “Seriam necessários R$ 7 milhões mensais para manter a tarifa única que integra o sistema”, ressalta.
Gregório disse que a negociação com o governo do estado continua, apesar do governador Beto Richa ter garantido que não haverá mais repasses para segurar o valor da tarifa. “Temos um desafio grande ainda, que é o subsídio. Nós esperamos é que o sistema integrado possa ter continuidade”, afirmou. A Urbs alega que a legislação atual deixa claro que a responsabilidade pela carga do transporte coletivo na RMC é da Comec. “Vamos manter o canal de conversa, mas precisamos do convênio para manter a integração.”A tarifa técnica (divisão do custo da frota pelo número de passageiros pagantes, que representa o custo real do sistema) da RIT passou de R$ 2,89 para R$ 3,13 com o reajuste. Segundo a Urbs, a tarifa técnica apenas da RMC é de R$ 4,20. A conta da nova tarifa técnica não prevê a isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel anunciado pelo governo.
Análise
Para o professor Garrone Reck, do Departamento de Transportes da Universidade Federal do Paraná, o impacto de cada componente da passagem ainda precisa ser apresentado com mais transparência pela Urbs. “Com a nova gestão, as pessoas aguardam mudanças na forma de se fazer as coisas”, disse. Segundo ele, as gestões passadas têm revalidada a pouca transparência quando o assunto é a tarifa de ônibus. Ele ainda acredita que esses reajustes acabam tirando o usuário do transporte coletivo e o colocando dentro de carros.
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