Com a aposentadoria compulsória do conselheiro Hermas Brandão, que completou 70 anos ontem, os parlamentares devem escolher entre Plauto Miró (DEM) e Fabio Camargo (PTB). Apesar da vaga ter de ser preenchida pela Assembleia, não necessariamente precisa ser um parlamentar. Mas como os eleitores são os próprios deputados, a campanha para o TC ocorre diariamente no plenário e no gabintes dos parlamentares. Todo o processo de escolha do novo conselheiro é conduzido pelo Legislativo.
O presidente da Assembleia, Valdir Rossoni (PSDB), não quis se pronunciar sobre o assunto. De acordo com o diretor de Comunicação da Casa, Hudson José, o primeiro passo é o envio de um documento, por parte do TC, indicando a vacância à Assembleia, mas não há um prazo para isso. “A partir desse envio, o presidente da Casa faz um ato em plenário e determina a abertura de prazo de cinco dias corridos para inscrição à vaga de conselheiro, que é contado a partir da publicação do ato em diário oficial”, explica Hudson.
Encerrado esse prazo, cabe ao presidente instaurar uma comissão especial, composta por cinco membros respeitando à proporcionalidade partidária, para avaliar as inscrições, as qualificações de cada candidato e a documentação exigida (confira no infográfico). “Com base nisso, as inscrições são ou não homologadas e enviadas para a Mesa Executiva, que encaminha a abertura da sabatina dos candidatos”, completa. A comissão tem um prazo de três dias para fazer esse trabalho de acordo com a Constituição do estado.
Não há um prazo regimental para a sabatina, que é realizada durante as sessões da Assembleia, mas Hudson José afirma que ela sempre é feita “dentro de um prazo exíguo e lógico, dependendo do número de inscritos. Se forem poucos, é possível ouvir a todos em uma única sessão, por exemplo”.
Uma vez que todos os candidatos são sabatinados, a eleição é marcada, mas também não há um prazo para isso. “Geralmente, o presidente marca a eleição na data possível imediata ao fim da sabatina, ou seja, na próxima sessão da Assembleia possível”.
Para a votação acontecer, é preciso ter um quórum mínimo correspondente à maioria absoluta, ou seja, 28 deputados. O candidato também precisa da maioria absoluta para ser eleito, então caso a votação aconteça com o quórum mínimo, a vitória de um candidato só é possível pela unanimidade. “Caso não seja alcançada a maioria absoluta, há o chamamento imediato para a segunda votação e esta é definida pela maioria simples, que é a metade mais um”. Todos, inclusive o presidente, votam secretamente, e os deputados que sejam inscritos podem votar e serem votados. De acordo com a assessoria do TC, devido aos trâmites legais anteriores e posteriores à votação, estima-se que o novo conselheiro tome posse entre junho e julho deste ano.
70 anos de idade é quando ocorre a aposentadoria compulsória de um conselheiro do Tribunal de Contas do Paraná.
Escolha
Saiba como os últimos dez conselheiros alçaram ao cargo:
Deputados estaduais que viraram conselheiros: Quielse Crisóstomo da Silva, Artagão de Mattos Leão,Hermas Brandão,Durval Amaral e
Heinz Herwig*.
Heinz Herwig*.
Integrantes do governo que viraram conselheiros: Henrique Naigeboren, Maurício Requião de Mello e Silva, e Ivan Bonilha.
Corpo técnico: Fernando Guimarães e Caio Soares.
* Já tinha sido deputado estadual, mas quando assumiu a vaga no TC era secretário de Estado.
Colaborou: Karlos Kohlbach


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