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quinta-feira, 9 de maio de 2013

CPI do Tráfico de Pessoas aprova quebra dos sigilos de intermediadora de adoções supostamente ilegais em São Paulo


A CPI também vai ouvir juiz afastado das funções  depois que investigou e anulou sentença de adoções consideradas irregulares na Bahia
As adoções ilegais continuam no foco das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada na Câmara dos Deputados para investigar o Tráfico de Pessoas no Brasil. A CPI aprovou nesta terça-feira (7) dois requerimentos do deputado Fernando Francischini, vice-presidente da CPI, para apurar casos em São Paulo e na Bahia. Uma das solicitações do deputado é a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal de Helena Maria Curvello Sarhan, suspeita de ser intermediadora de adoções internacionais por meio da ONG Limiar, em São Paulo. De acordo com o deputado Francischini, Helena Sarhan age em São Paulo da mesma forma que Audelino de Souza, o Lino, agia no Paraná. “Os dois trabalham do mesmo jeito na ONG: intermediando adoções e recebendo quantias vultosas de dinheiro em troca dessas intermediações. A diferença é que Lino agia no Paraná e em Santa Catarina e Helena age em São Paulo”, denuncia Francischini. O deputado Paulo Freire (PR/SP) também é autor do requerimento.
Outro requerimento do deputado Francischini aprovado pela CPI do Tráfico de Pessoas é o que chama uma audiência pública com o juiz Luiz Roberto de Cappio, afastado pelo Tribunal de Justiça da Bahia da comarca de Monte Santo depois que investigou e anulou a sentença em que cinco filhos foram tirados da mãe. O juiz revelou em entrevista a uma emissora de TV que há uma associação criminosa voltada para agenciamento e tráfico de crianças agindo naquela região. O caso que mais chamou a atenção do juiz aconteceu em maio de 2011. Os cinco filhos de Silvânia Mota Silva foram retirados de casa na cidade de Monte Santo. A guarda provisória das crianças foi concedida a quatro famílias do interior de São Paulo, de um dia para o outro. A alegação era de maus-tratos por parte da mãe. A decisão foi assinada pelo juiz Vítor Bizerra, que na época respondia pela comarca da cidade. A família das crianças não participou da decisão. “Os processos de adoção conduzidos pelo juiz Vítor Bizerra são totalmente irregulares, atípicos. São atrocidades contra famílias pobres, que não têm condição de ter um advogado, e que por isso merece uma revisão. E quem tinha que estar sendo afastado agora era o senhor Vítor Bizerra”, declara o deputado Francischini. A audiência pública acontece nos próximos dias.

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